O escritor Urbano Tavares Rodrigues vai ser homenageado no próximo dia 30 de Maio, quarta-feira, às 18h00, no Anfiteatro IV da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, numa iniciativa da revista Textos e Pretextos e do Centro de Estudos Comparatistas. A sessão contará com intervenções de Francisco José Viegas, secretário de Estado da Cultura, de Helena Carvalhão Buescu, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e do próprio Urbano Tavares Rodrigues. Na ocasião, será ainda apresentado e emitido um vídeo com um depoimento inédito do escritor, da autoria de Pedro Loureiro. (fonte: DN)
O prémio literário da Casa da América Latina distingue este ano o poeta Manoel de Barros. O decano da poesia brasileira não se deslocou a Lisboa para receber o galardão, no valor de dez mil euros, que foi ontem entregue à sua filha. Mas o autor de Livro sobre Nada fez questão de agradecer com um poema inédito:
Fôssemos merecidos de água, de chão, de rãs, de árvores, de brisas e de garças!
Nossas palavras não tinham lugar marcado. A gente andava atoamente em nossas origens.
Só as pedras sabiam o formato do silêncio. A gente não queria significar, mas só cantar.
A gente só queria demais era mudar as feições da natureza. Tipo assim: Hoje eu vi um lagarto lamber as pernas da manhã. Ou tipo assim: Nós vimos uma formiga frondosa ajoelhada na pedra.
Aliás, depois de grandes a gente viu que o cu de uma formiga é mais importante para a humanidade do que a Bomba Atômica.
(fonte: Público)
A livraria Ler, situada junto ao Jardim da Parada, em Campo de Ourique, tem vários exemplares dos livros Crimes de Paixão (contos) e Ah, é? (ministórias), do Prémio Camões 2012, Dalton Trevisan. Por apenas três euros cada exemplar.
A biblioteca convida-o a ler duas obras acabadas de sair: da autoria de Fernando Pessoa, O Mendigo e Outros Contos, numa edição de Ana Maria Freitas, e Todas as Palavras, poesia reunida de Manuel António Pina, ambas sob chancela da Assírio & Alvim. Da nota introdutória da primeira consta: “Esta edição reúne alguns contos de Fernando Pessoa, doze dos muitos que o autor produziu. O leitor vai deparar-se com pequenas narrativas centradas numa ideia ou conceito: questões filosóficas, hipóteses metafísicas, observações sobre a sociedade do seu tempo, temas da tradição esotérica (…)”. Quanto à segunda, trata-se de uma antologia com todos os trabalhos do vencedor do prémio Camões 2011, num leque temporal que abarca 1974-2011. Dois bons motivos para vir até cá!
A nona sessão do ciclo de conferências Fernando Pessoa: Filosofia, Religião e Ciências do Psiquismo Humano ocorrerá dia 6 de Junho de 2012, na Casa Fernando Pessoa. A sessão tem início às 18h30 e conta com uma palestra de Paulo Borges intitulada D. Sebastião e o Quinto Império em Fernando Pessoa. Convidamos todos os interessados a estarem presentes nesta sessão. Organização: Paulo Borges, Nuno Ribeiro e Cláudia Souza.
Quase 80 anos depois, a secretária e a máquina de escrever em que Fernando Pessoa trabalhou em 1934 e durante quatro anos, quando era empregado da Sociedade Portuguesa de Explosivos, deixaram de ser objectos de trabalho e passaram a ser adorados pela sua história. História essa que foi comprada pelo advogado e escritor brasileiro José Paulo Cavalcanti Filho que, nesta terça-feira à noite, comprou as duas peças no leilão de antiguidades, objectos e arte moderna e contemporânea da leiloeira World Legend, em Lisboa. A máquina de escrever, da marca Royal, em que Fernando Pessoa terá escrito mais do que apenas o seu trabalho, foi à praça por 3000 euros e acabou arrematada por 22 mil euros, muito acima da estimativa mais alta da leiloeira que apontava para os 5000 euros. A disputa foi renhida mas José Paulo Cavalcanti Filho, que não esteve na sala mas acompanhou o leilão por telefone, acabou por ganhar. O mesmo aconteceu à secretária em mogno, com tampo de esteira, quatro gavetas de cada um dos lados, o interior forrado a pele verde e com diversos compartimentos. A peça foi à praça por 10.000 euros e foi vendida por 58 mil. A disputa foi novamente entre José Paulo Cavalcanti Filho e António Abreu de Guimarães, um particular que apenas foi ao leilão por causa destas duas peças e que desistiu quando percebeu que o brasileiro não o ia fazer. Com o acréscimo da comissão da leiloeira e do IVA, o preço final das peças ficou a 26,059 euros a máquina de escrever e 68,701 euros a secretária. (fonte: Público)
LIGAÇÕES
ACPC - Arquivo de Cultura Portuguesa
Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
CNC - Centro Nacional de Cultura
III Congresso Internacional Fernando Pessoa
DGLB - Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas
Instituto de Estudos Portugueses
Sociedade Portuguesa de Autores
EDITORES