Hoje, dia 23 às 19h00, é apresentado o livro "1915 - o ano de Orpheu" (Edições tinta-da-china), um conjunto de ensaios que, a partir de diversos ângulos, procura reconstituir Portugal em torno de 1915.
A apresentação conta com a presença do organizador, Steffen Dix, e Guilherme d'Oliveira Martins ( Centro Nacional De Cultura) e José Manuel dos Santos (Fundação EDP).
No Dia Internacional do Livro Infantil, desafiámos o ilustrador João Fazenda a partilhar connosco algumas imagens.
As ilustrações de O menino que era muitos poetas* (Pato Lógico/INCM, 2014), com texto de José Jorge Letria, permitem aproximar as crianças da vida e obra de Pessoa, bem como daquela que é por muitos considerada a faceta mais complexa do contexto pessoano: a heteronímia.
*O menino que era muitos poetas (Pato Lógico/INCM, 2014) está à venda na livraria da Casa Fernando Pessoa.
© DR em todas as imagens.
No âmbito do Dia Internacional do Livro Infantil, deixamos abaixo alguns dos livros infantis que estão disponíveis na biblioteca da Casa Fernando Pessoa. A biblioteca da CFP é especializada em Fernando Pessoa e em poesia e está aberta de segunda a sexta, das 10h00 às 18h00.
SOBRE E DE FERNANDO PESSOA
- “O Meu Primeiro Fernando Pessoa”, Texto de Manuela Júdice, Ilustrações de Pedro Proença. Lisboa: Dom Quixote, 2007 (Plano nacional de Leitura);
- “Fernando Pessoa: o menino de sua mãe", Amélia Pinto Pais, Ilustrado por Rui Castro. Porto: Areal, 2011;
- “Fernando Pessoa: O Menino Que Era Muitos Poetas", Texto de José Jorge Letria, Ilustrações João Fazenda. Lisboa: INCM, 2014;
- “O Melhor Do Mundo São As Crianças: antologia de poemas e textos de Fernando Pessoa para a Infância", Lisboa: Assírio & Alvim, 1998;
- “Pessoa & CIA” (Banda Desenhada), Laura Pérez Vernetti. Lisboa: Asa, 2012;
- “ Fernando Pessoa Contado às Crianças Adultas", Jorge Chichorro Rodrigues, Ilustrações Rute Bastardo. Lisboa: Chiado Editora, 2013;
- “Fernando Pessoa, Mensagem, Adaptado para os mais novos" por Mafalda Ivo Cruz, Ilustrações de Sandra Serra, Santa Maria da Feira: Edições Quasi, 2008;
- "Poesia de Fernando Pessoa Para Todos", Selecção e Organização de José António Gomes, Ilustrações de António Modesto, Porto: Porto Editora, 2008;
- “Fernando Pessoa - Crianças Famosas”, José Viale Moutinho, Ilustrado por Fernando Oliveira. Porto: Campo das Letras, 1995;
- “ O Diário do Micas: Assalto à Casa Fernando Pessoa", Patrícia Reis, Ilustrações de Pedro Alves. Lisboa: Grupo Planeta, 2012;
OUTRAS OBRAS
- “O Tamanho da Minha Altura (entre outras coisas) ” (Livro vencedor do Prémio Literário Maria Rosa Colaço – 2007), texto de Suzana Ramos, Ilustrações de Marta Neto. Lisboa: Assírio & Alvim, 2009;
- “Herbário”, poemas de Jorge Sousa Braga, com desenhos de Cristina Valadas. Lisboa: Assírio & Alvim, 2007;
- “O Meu Primeiro Álbum de Poesia”, Selecção e prefácio Alice Vieira, Ilustrações Danuta Wojciechowska. Lisboa: Dom quixote, 2008.
A programação da CFP para Abril é especialmente dedicada à celebração e evocação de Orpheu - revista e grupo. Passam 100 anos sobre a publicação de um conjunto de textos cujos autores assinam, colectivamente, um novo modo – disruptor, provocador – de fazer e pensar a literatura em relação com as outras artes.
A recém-inaugurada exposição de Pedro Proença, Os Testamentos de Orpheu, ocupa a Casa Fernando Pessoa com uma revisita ao espírito e traço de Orpheu feita por um artista que repetidamente tem trabalhado sobre a intersecção das artes e dos textos literários.
A programação Orpheu estende-se para fora de portas, através de uma proposta transversal de criação artística, ao propor um regresso aos cafés como ponto de encontro e discussão sobre o lugar da literatura e da arte, como lugar de criação. O roteiro do Café Orpheu, aberto em Maio, atravessa a colina e leva ao Chiado, ao longo de todo o mês, criadores de diferentes áreas artísticas que experimentam agora, em tempo real – trabalho em curso – diferentes aproximações aos discursos e propostas de Orpheu na medida em que se relacionam com as suas linhas de trabalho, inquietações próprias.
A palavra de Orpheu é celebrada também pela programação regular da CFP: a segunda sessão do ciclo de leituras iniciado este ano, Sem casas não haveria ruas, uma parceria com a FJS e a BOCA, invoca Eles, os de Orpheu com um conjunto de textos que chegam dos dois volumes publicados de Orpheu bem como do terceiro, preparado e adiado. O já habitual debate Os Espaços em Volta, de Inês Fonseca Santos e Filipa Leal, recupera para Abril o tema do Manifesto, desdobrando-o em diferentes acepções. Um novo ciclo é aberto este mês, para continuar em Maio: O que é ser moderno hoje? é um conjunto de mesas-redondas orientadas por António Carlos Cortez e Luís Ricardo Duarte que pretende alargar o debate sobre a modernidade poética e perguntar de que forma, 100 anos depois de Orpheu, a modernidade é pensada e o que pode ser considerado inovação, ruptura ou vanguarda. As mesas-redondas irão ter lugar na CFP e no Martinho da Arcada alternadamente, contribuindo assim para a comunicação entre diferentes pontos e públicos da cidade.
Programa mensal desde Outubro, Poetas do Mar e Mundo partilha em Abril a poesia de São Tomé e Príncipe.
No programa de lançamentos e apresentações de livros, a Casa Fernando Pessoa recebe 1915 - O ano do Orpheu - conjunto de ensaios de diferentes autores, organizado por Steffen Dix para a Tinta-da-china. Será também apresentado este mês o volume de contos de Fernando Pessoa A Estrada do Esquecimento e outros contos, uma edição da Assírio & Alvim com organização de Ana Maria Freitas que dá a ler 20 contos inéditos.
Em Abril continua a consolidar-se o trabalho de serviço educativo em próxima articulação com o motivo do mês: continuam as visitas-temáticas, uma proposta CFP para uma visita-experiência ao nosso espaço com especial enfoque num determinado tema: Almada em Pessoa é uma visita em torno da relação entre estes dois nomes do grupo de Orpheu, um novo olhar sobre o Retrato que Almada fez de Pessoa e do segundo número da celebrada revista. Orpheu Tipográfico é, por sua vez, uma oficina para crianças que o Homem do Saco traz à Casa Fernando Pessoa: através da composição tipográfica com caracteres móveis, as crianças fazem e imprimem o seu próprio cartaz, na linha da revista modernista.
O mês abre com a exibição de (O vento lá fora), documentário brasileiro realizado em 2014 por Marcio Debellian, encontro de Maria Bethânia e Cleonice Berardinelli - professora emérita da UFRJ e da PUC-Rio, especialista maior de Fernando Pessoa no Brasil - em torno da poesia de Pessoa. A mostra informal do filme, no dia 1, conta com a presença do realizador.
Abril passa a ser também de Herberto Helder: celebra o longo poema contínuo que fica. Encantatório, irrepetível.
E a vertigem profunda desse poema.
* por CLARA RISO
LIGAÇÕES
ACPC - Arquivo de Cultura Portuguesa
Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
CNC - Centro Nacional de Cultura
III Congresso Internacional Fernando Pessoa
DGLB - Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas
Instituto de Estudos Portugueses
Sociedade Portuguesa de Autores
EDITORES